Durante muito tempo, acreditou-se que o cérebro comandava tudo e o que nosso corpo apenas obedecia. Hoje sabemos o que a ciência já confirmou que ambos andam de mãos dadas. Com o passar do tempo, a vida ensina-nos algo ainda mais profundo: o corpo também fala e o cérebro escuta. Cada batimento, cada respiração, cada tensão nos músculos é uma mensagem silenciosa até à mente, influenciando o que pensamos, sentimos e até quem acreditamos ser.
Quando estamos ansiosos, o coração acelera, mas o contrário também acontece, quando o coração bate rápido, o cérebro interpreta esse sinal como ansiedade. Quando respiramos fundo, os pulmões avisam o cérebro de que está tudo bem, e de repente, o medo perde força.
O corpo é o primeiro a sentir e o cérebro apenas traduz o que ele comunica. Há dias em que basta endireitar a postura, caminhar um pouco, respirar devagar, para que o pensamento modifique. Não é magia é biologia. O movimento físico liberta substâncias que aliviam o stress, melhoram o humor e restauram o equilíbrio interno. 
O sistema nervoso, o intestino, o coração e até os músculos comunicam com o cérebro através de impulsos elétricos, hormonas e neurotransmissores.
O intestino por exemplo, produz grande parte da serotonina, a molécula do bem-estar. É por isso que o que comemos, o modo como dormimos e até a forma como nos movemos têm tanto impacto no nosso estado emocional. Cuidar do corpo é afinal uma forma de cuidar do cérebro.
Não há saúde mental sem saúde física nem corpo saudável sem uma mente em paz. Somos um só organismo, uma única história escrita entre músculos e pensamentos. Por isso, da próxima vez que sentir a mente cansada, escute o corpo. Talvez ele já esteja a dizer o que o cérebro ainda não compreendeu: que é tempo de parar, respirar e começar a cuidar de si, de dentro para fora e de fora para dentro.
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