Professor da Universidade do Minho premiado por casa que gira em função do sol

Pedro Bandeira recebe amanhã, em Lisboa, o Prémio Arquitetura, Inovação e Sustentabilidade, categoria Obra.

Comentários

3 min de leitura

Pedro Bandeira, arquiteto e professor da Universidade do Minho, recebe esta quinta-feira o Prémio Arquitetura, Inovação e Sustentabilidade 2021, na categoria Obra, pelo edifício Casa Rotativa. A cerimónia realiza-se pelas 16h00, no Museu da Água, em Lisboa, na presença do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e do presidente da Ordem dos Arquitectos (OA), Gonçalo Byrne.

Casa Rotativa é uma habitação unifamiliar construída na periferia de Coimbra e que gira em função do sol. O dono é Filipe Bandeira, engenheiro de estruturas especiais sensível a questões energéticas, que desafiou o irmão Pedro Bandeira a contribuir no projeto experimental. Pode ver a casa a girar aqui.

Para os promotores do prémio – Fundo Ambiental, Ministério do Ambiente e a Ordem dos Arquitetos – o edifício evoca os faróis, os moinhos de vento e os engenhos solares de há um século; além disso, a sua invulgar motricidade abre territórios na arquitetura ao nível da legislação e da ligação ao contexto (solo, céu, pessoas), reinventando questões de sustentabilidade, ecologia, ambiente construído e quotidiano. O projeto venceu entre 42 candidaturas e gira até 300 graus em seis minutos, gastando 4 cêntimos de eletricidade.

- Publicidade -

Pedro Bandeira nasceu em 1970 na Figueira da Foz. É presidente e professor da Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho e investigador do Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT). Já venceu o Prémio SIM da Samsung, o Prémio de Crítica de Arquitetura da AICA/Fundação Carmona e Costa e foi finalista do Prémio Europeu Mies van der Rohe. Representou Portugal na Bienal de Arquitetura de Veneza (2004) e de São Paulo (2005).

Como curador, colaborou com a Casa da Arquitetura, a Trienal de Arquitetura de Lisboa, o Município do Porto e o Centro Internacional das Artes José de Guimarães, entre outros. Tem diversas publicações sobre cultura arquitetónica e é coeditor da série “Fascículos de Fotografia” da editora Pierrot le Fou.

UMINHO VENCE MAIS UMA CATEGORIA

A outra categoria do Prémio, intitulada Dissertação, foi igualmente ganha, ex-aequo, por um investigador da UMinho. Jorge Fernandes concorreu com a sua tese “Modelling the life cycle performance of Portuguese vernacular buildings: assessment and contribution for sustainable construction”, do doutoramento em Engenharia Civil na Escola de Engenharia da UMinho.

O júri elogiou-lhe na documentação e avaliação dos sistemas técnico-construtivos da arquitetura regional portuguesa, que parte de um inquérito de 1955-1960, focando ainda os valores da ecologia da construção associados às opções de arquitetura.

Jorge Fernandes é investigador do Instituto de Sustentabilidade e Inovação em Engenharia de Estruturas (ISISE), membro da Iniciativa Internacional para um Ambiente Construído Sustentável (iiSBE) e tem explorado novas formas de integrar princípios da arquitetura tradicional em edifícios sustentáveis modernos.

Comentários

Notícia anterior

Inovação na mobilidade

Notícia seguinte

Água de Famalicão com qualidade exemplar para consumo humano

- Publicidade -
O conteúdo de Notícias de Famalicão está protegido.