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Vila Nova de Famalicão
Domingo, 5 Maio 2024

A Eléctrica reinventa-se e aposta nas indústrias aeronáutica, automóvel e eólica (c/ vídeo)

Fundada por António Dias Costa em 1924, A Eléctrica começou como distribuidora de energia em Famalicão. Hoje é uma metalomecânica que produz instalações de pintura para a indústria.

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A Eléctrica, Lda., empresa famalicense que celebra 100 anos de existência em 2024, reinventa-se e assume uma aposta estratégica na produção de instalações de pintura para as indústrias aeronáutica, automóvel e eólica.

Nas últimas duas décadas, para se adaptar aos novos tempos e às mudanças dos mercados, a família Dias Costa promoveu a reinvenção abandonando alguns negócios: encerrou o mítico Restaurante Íris, vendeu a representação do grupo Renault à Confiauto, em Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso, e cedeu o negócio de distribuição de gás engarrafado ao grupo Vendeiro. Mas não se desfez do património imobiliário, cujas rendas, em 2021, geraram uma receita 164 mil euros. E focou-se na metalomecânica.

A empresa, fundada por António Dias Costa, em 16 de fevereiro de 2024, como produtora de instalações elétricas e distribuidora de energia elétrica, está a alguns meses de integrar o lote muito restrito das empresas portuguesas centenárias.

NETO E BISNETA DO FUNDADOR AO LEME

Carlos Correia e Rosa Dias Costa, neto e bisneta do fundador, que estão ao leme da empresa desde 2015, estão focados numa atividade que tem sido o ancoradouro de A Eléctrica desde os anos de 1960: servir a indústria com a produção de instalações de pintura para peças metálicas ou plásticas.

Carlos Correia, neto do fundador António Dias Costa, é o diretor-geral de “A Eléctrica”

Engenheiro mecânico formado na Universidade do Minho, Carlos Correia, de 51 anos, é o diretor-geral. Está na empresa desde março de 2000. Natural de Delães, é filho de Margarida Dias Costa Correia, filha do fundador. Na empresa desde junho de 2002, Rosa Dias Costa, formada em contabilidade, é filha de Ana Maria Dias Costa, neta do fundador António Dias Costa.

A ELÉCTRICA EMPREGA 32 PESSOAS

A fábrica, com 32 trabalhadores, integrando cinco dos quais com formação superior e uma equipa de 20 serralheiros, é hoje a maior indústria com instalações no centro da cidade de Vila Nova de Famalicão. Está situada junto à Rotunda 1º de Maio, onde ocupa uma área coberta de três mil metros quadrados.

A Eléctrica é hoje uma das raras indústrias com instalações no centro da cidade de Famalicão

“A Eléctrica concebe, fabrica e instala equipamentos industriais de acordo com as necessidades específicas dos clientes”, explica Carlos Correia.

O Gabinete Técnico da empresa está apetrechado com técnicos e tecnologias que permitem estudar, desenvolver, projetar e testar para encontrar as melhores soluções de satisfação das necessidades dos clientes.

O Departamento de Eletricidade e Eletrónica, por seu turno, é responsável pelo projeto e execução dos sistemas de controlo e comando de todas as máquinas produzidas.

As soluções para o tratamento de peças e materiais, nomeadamente nas áreas de desengorduramento, pintura e secagem, são o foco da atividade da empresa, que também “projeta e fabrica outros tipos de máquinas especiais para as mais diversas utilizações”.

SOLUÇÕES INTEGRADAS PARA A INDÚSTRIA

“A experiência adquirida ao longo de mais de 50 anos permitiu adquirir um grande ‘know-how’ no projeto, fabrico e montagem dos equipamentos de pré-tratamento, secagem, pintura e polimerização, tanto de peças metálicas como plásticas”, afirma Carlos Correia.

Carlos Correia junto às instalações da empresa durante a reportagem do NOTÍCIAS DE FAMALICÃO

A Eléctrica também “está em condições de fornecer soluções integradas”, concebendo e fabricando equipamentos para o tratamento de outros substratos, designadamente cortiça, ganga, cartão, nylon e peles.

MERCADO INTERNACIONAL DIVERSIFICADO

O mercado internacional é fundamental para A Eléctrica, que já exportou equipamentos para países como Espanha, França, Alemanha, República Checa, Polónia, Brasil, Argentina, China, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Angola e Moçambique, entre outros. Destinos dispersos por vários continentes.

O ano de 2022 será marcado por um forte incremento na faturação de A Eléctrica.

Mesmo muitos dos projetos desenvolvidos para empresas portuguesas resultam de parcerias com multinacionais que conhecem a qualidade do trabalho desenvolvido em Vila Nova de Famalicão.

A multinacional francesa Lauak, do setor aeronáutico, e a multinacional sul-coreana CS Wind, do setor eólico, são exemplos de companhias presentes em Portugal que compram as estruturas produzidas por A Eléctrica.

Grupos multinacionais industriais como STI, SPI, Teijin, Stellantis e Amorim Cork, entre outros, intergram também o portefólio de clientes.

VENDAS CAEM NA PANDEMIA

De 2020 para 2021, a faturação desceu de 2,5 milhões de euros para 1,4 milhões de euros, o que determinou uma queda de 42,5% dos resultados líquidos, que, ainda assim, foram positivos (197 mil euros). Mas não há motivos para alarme. O ano de 2022 será marcado por um forte incremento na faturação, que deverá ultrapassar os 2,5 milhões de euros.

Quanto a números, em 2020, o valor das exportações chegou a 1,3 milhões de euros, tendo descido para 212 mil euros em 2021. Este ano, as perspetivas são de recuperação.

“É frequente existirem variações significativas no volume de vendas de ano para ano. Em 2020 tivemos uma encomenda de elevado valor para o Brasil, o que não sucedeu em 2021. E a pandemia também teve impacto nos resultados”, explica Carlos Correia.

Carlos Correia durante as gravações do vídeo do NOTÍCIAS DE FAMALICÃO.

Para além do aumento dos preços das matérias-primas e dificuldades nos transportes internacionais, assistiu-se a aumentos nos prazos de entrega, devido à escassez de matérias-primas. Este efeito foi especialmente sentido em alguns componentes elétricos e eletrónicos, necessários para a fabricação dos quadros elétricos que equipam as máquinas fabricadas por A Eléctrica.

“Essa dilatação e indefinição nos prazos de receção dos componentes tiveram impacto nos prazos de entrega das máquinas aos clientes e consequentemente nas datas das faturas. A pandemia gerou uma disrupção nas cadeias de abastecimento que prejudicou o exercício de 2021”, explica Carlos Correia.

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