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Vila Nova de Famalicão
Quinta-feira, 2 Maio 2024
Susana Dias
Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.

Virados do avesso

Falta de planeamento e de integridade, somados ao sentimento de impunidade, explicam os casos de promiscuidade na vacinação contra a covid-19. Com a pandemia devíamos aprender mais sobre empatia e solidariedade, mas pelos vistos pode durar anos que o ser humano torna-se ainda mais egoísta.

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Susana Dias
Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.

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Nos últimos tempos o sentimento de impunidade é de tal ordem, que só isso explica a promiscuidade da vacinação contra a covid-19.

Esta pandemia deveria servir para aprendermos mais sobre a humanidade, empatia, solidariedade, mas pelos vistos pode durar anos que o ser humano torna-se ainda mais egoísta, com falta de civismo.

Mas alguém acredita que agora são todos voluntários e que os ditos presidentes que exercem o cargo nas direções, nas suas horas vagas fazem cuidados de higiene, mudam as fraldas e ajudam na alimentação dos idosos?

O problema é a falta de planeamento e de integridade que existe neste país, o carater e a honra são qualidades que escasseiam. É muito simples, as listagens do pessoal a vacinar são enviadas aos serviços de cada instituição. Existindo doses sobrantes, a regra é contactar pessoas pertencentes ao mesmo grupo de prioridade vacinal e inocular-lhes a vacina. Esta vacinação de pessoas que não fazem parte dos grupos prioritários aconteceu porque não houve um planeamento, deveria ser criada uma lista de suplentes.

Porque na verdade, o que faz mais sentido é existir mais honestidade e menos compadrio. O que fazia sentido é que cada uma destas pessoas sejam destituídas dos cargos que ocupam, para que se acabe de uma vez por todas com este “chico espertismo português”, esta sensação de impunidade. Refletindo sobre tudo isto, questiono-me o porquê de muitas respostas sociais não serem incluídas nesta fase de vacinação.

Tenho dificuldades em aceitar aquilo que estamos a assistir neste momento, em que já foi bem patente a falta de planeamento, a falta de capacidade de resposta e de articulação entre o sector privado, social e o Sistema Nacional de Saúde (SNS), que ficou muito aquém daquilo que deveria ter sido feito. Porque a variante inglesa não explica tudo o que está a acontecer, as medidas não são claras ou coerentes.

A boa governação em termos de pandemia baseia-se pela capacidade de antecipação. As mesmas medidas que foram tomadas agora, se tivessem sido tomadas antes, não evitava uma segunda vaga, mas evitava o excesso de mortalidade.

A partir de momento em que assistimos a filas de ambulância ás portas dos hospitais, percebemos que batemos no fundo do poço. Os ministérios e a ARS (Administração Regional de Saúde) não funcionam atempadamente.

Existe falta de coordenação, muitos dos hospitais estão dispostos ajudar, não é má vontade de ninguém, mas sim uma falta de coordenação centralizada. Reconheço que é difícil prever todas as variáveis, mas também temos de perceber que não é só uma questão de recursos financeiros, estamos a falar de organização, capacidade de antecipação.

Sinto-me com cansaço acumulado de vários meses, triste, com uma sensação de frustração, penso que se esta gestão de epidemia tivesse sido conduzida de outra forma, estaríamos bem melhores.

Contam-se pelos dedos os fins de semana que não trabalho. Tenho sempre a preocupação de assegurar fins de semana e feriados para que possamos dar resposta a todos os cuidados e de estar sempre em contacto com toda a equipa. Não o faço só porque acrescento mais valor, não. Faço-o porque para mim o mais importante, é estar ao lado de quem trabalha.

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Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.
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