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Domingo, 12 Janeiro 2025
Priscilla Rabelo
Priscilla Rabelo
Diretora do Notícias de Famalicão

A propósito dos 75 anos do “Jornal de Famalicão”

Uma comunicação social forte é essencial em toda a parte. Em Famalicão é uma tradição que deve ser mantida e honrada.

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Priscilla Rabelo
Priscilla Rabelo
Diretora do Notícias de Famalicão

Famalicão

O “Jornal de Famalicão” é um título histórico da imprensa famalicense. A sua existência, que atravessou 25 anos de uma ditadura e 50 anos de uma democracia, merece a saudação de todos os famalicenses.

A celebração dos 75 anos de publicação, todas as semanas e sem interrupções, é motivo de alegria e orgulho para todos nós. É o jornal mais antigo do concelho com edições semanais consecutivas.

Durante muitos anos, o “Jornal de Famalicão” foi a única fonte de informação de milhares de emigrantes famalicenses, que todas as semanas, do Canadá ao Brasil, da França à Alemanha, e noutras paragens, recebiam as linhas com as novidades da sua terra natal.

Celebrar os 75 anos do “Jornal de Famalicão” é celebrar a memória coletiva famalicense, as suas gentes e a sua cultura.

A Dra. Teresa Mesquita, filha do fundador Francisco Rebelo Mesquita, é um exemplo de coragem, força e resiliência. Dar continuidade a um projeto familiar não é uma tarefa fácil. São inúmeras as empresas dos mais diversos setores que não sobrevivem a mudanças geracionais. Sendo a comunicação um setor social onde a passagem do tempo tem tornado a continuidade num processo cada vez mais difícil, os 75 anos de existência do “Jornal de Famalicão” merecem uma celebração ainda mais entusiástica.

Tenho algumas certezas na vida. Uma delas é que é importante honrar o passado. Não há melhor forma de homenagem do que evocar a memória de algo ou alguém que já existiu e deixou a sua marca.

Francisco Rebelo Mesquita é um nome incontornável na história do jornalismo famalicense. Além de fundador do “Jornal de Famalicão”, é também uma figura de relevo na história do jornal “Notícias de Famalicão”.

Para falar da ligação de Francisco Rebelo Mesquita ao “Notícias de Famalicão” temos que, em primeiro lugar, recuar na história, até 1910, ano em que a Monarquia cedeu à República. Foi nesse ano que o “Notícias de Famalicão” foi editado pela primeira vez, tendo como diretor Guilherme da Costa e Sá. Foi publicado durante apenas três meses, entre agosto e outubro.

O “Notícias de Famalicão” renasceu anos mais tarde, em 19 de outubro de 1935, pelas mãos do jornalista Francisco Rebelo Mesquita, que foi seu proprietário e diretor até 31 de julho de 1943, tendo continuado como chefe de redação até 26 de fevereiro de 1949, data em que a publicação do jornal foi suspensa. E em 2 de abril de 1949, desafiado por um grupo de notáveis famalicenses, Rebelo Mesquita lançou o “Jornal de Famalicão”, o grande projeto da sua vida, que hoje celebra 75 anos.

Francisco Rebelo Mesquita é um nome incontornável na história do jornalismo famalicense. Além de fundador do “Jornal de Famalicão”, é também uma figura de relevo na história do jornal “Notícias de Famalicão”.

O “Notícias de Famalicão”, que iniciou uma nova série em novembro de 2020, diária e digital, é, portanto, parte de um legado que começou em 1910 e que, ao longo do tempo, teve diferentes proprietários e várias direções, sendo Francisco Rebelo Mesquita um dos principais nomes da história da publicação.

Quem conhece a história do concelho sabe que, noutros tempos, Famalicão foi berço de muitos jornais. Nesta terra nasceram muitos meios de comunicação, grande parte deles em tempos difíceis, inclusive em alturas que rareavam pão, liberdade e outros direitos humanos.

Ao “Jornal de Famalicão”, que tem cumprido, e bem, o seu papel de comunicação social livre e independente, desejo os maiores sucessos. Uma comunicação social forte é essencial em toda a parte. Em Famalicão é uma tradição que deve ser mantida e honrada.

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