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Sábado, 4 Maio 2024
Vera Carvalho
Estudou Línguas e Literaturas Europeias. Mestre em Espanhol como Língua Segunda e Língua Estrangeira pela Universidade do Minho. Tem dois livros publicados: Eterno Inferno (2019) e Nostalgia Inquietante (2021). Também participou em antologias poéticas: Sentidos Despertos (2020) e A poesia dos dois lados do Atlântico (2021). Atualmente está a trabalhar como professora de inglês e espanhol.

O ego do presidente russo é superior ao bom senso

Lucros, poder, supremacia e ego continuam a ser aspetos superiores ao invés da promulgação dos verdadeiros valores humanos.

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Vera Carvalho
Estudou Línguas e Literaturas Europeias. Mestre em Espanhol como Língua Segunda e Língua Estrangeira pela Universidade do Minho. Tem dois livros publicados: Eterno Inferno (2019) e Nostalgia Inquietante (2021). Também participou em antologias poéticas: Sentidos Despertos (2020) e A poesia dos dois lados do Atlântico (2021). Atualmente está a trabalhar como professora de inglês e espanhol.

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Estava eu preparada para enviar uma crónica sobre algo associado à minha área de estudo atual, quando me deparo com a eventual iniciação de uma “terceira guerra mundial”.

Ora isto, pode deixar todos um pouco atónitos. Mas a verdade é que, por livre e espontânea vontade, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse atacar a Ucrânia.

Sabem aquelas imagens que estudamos e analisávamos nos livros de história sobre os diversos acontecimentos, guerras, mudanças, motivos e consequências dos diversos golpes e guerras que se deram outrora no mundo? Pois é…. Parece que voltamos a reviver isso, mas só que agora ao vivo e de uma forma direta.

É assustador perceber que passados tantos anos ainda considerem que a guerra é a escolha mais acertada para chegar a um entendimento.

No entanto, perante o meu espanto sobre esta situação, decidi dar o benefício da dúvida e, portanto, investigar e procurar melhor a raiz de tudo isto: O porquê do presidente da Rússia ter optado facilmente por uma guerra. Resultado? Não consegui achar uma razão bastante coerente e justificável para que se iniciasse tamanho caos e terror no mundo. Não consigo entender como é que uma pessoa com um gigantesco poder político, social e económico, decide optar pela guerra. Talvez por isso mesmo: por ter e querer (ainda) mais poder a todos os níveis. Mas não sei a que custo tudo isto. A que custo vale a pena tanta desordem, tantas mortes, tanta miséria e estragos?

Infelizmente, os lucros, o poder, a supremacia e o ego continuam a ser aspetos superiores ao invés da promulgação dos verdadeiros valores humanos.

Não se trata, portanto, de escolher lados. Não é uma questão de quem tem razão ou não. Seja por que motivo for, não se deveria em hipótese alguma, colocar nos planos, a iniciação de uma guerra. Porque não é assim que a Rússia terá a sua razão. Não é assim que se irá destacar (pelos motivos corretos). Não é assim que a Rússia ficará bem vista no panorama mundial.

É assustador reparar que, talvez, não estamos a progredir com o tempo, mas sim, ainda a promulgar “tradições” e pensamentos como estes. Principalmente porque os principais motivos que estão na origem desta guerra consistem em, desde um ponto de vista lógico, oprimir o povo ucraniano que deseja aliar-se à Europa e por isso, preservar a sua cultura, a sua língua e a sua terra. O presidente russo quer, portanto, tirar isto à Ucrânia por considerar que este território pode ser um ponto aliado e de ataque contra a Rússia. Obviamente que esta guerra não foi decidida de um dia para o outro.

Isto já leva ódio e planeamento de muitos anos… Vladimir Putin apenas viu agora uma oportunidade fácil de atacar o território ucraniano e, consequentemente, afetando toda uma Europa.

Porém, creio que, poderia ter sido uma situação facilmente resolvida através de um consenso comum. Evitando por isso ainda mais perdas e destruições, mas, infelizmente, o ego do presidente russo é superior ao bom senso.

Devíamos colocar os olhos no nosso passado e talvez pensar… Todas aquelas revoluções e guerras implementadas outrora, compensaram tudo de mau que se passou (mesmo que se tenha chegado a uma certa paz)? As guerras sempre trazem desacordos, desordem, dor e perda. Tudo isto, neste caso, pela luta de um poder mundial. Estamos constantemente com os olhos no futuro, mas e que tal se também analisássemos o nosso passado e também aprendêssemos com os erros outrora cometidos?

Termino a minha crónica, com uma frase de um grande escritor que participou na primeira guerra mundial, Ernest Hemingway: “Never think that war, no matter how necessary, nor how justified, is not a crime”.

Claramente que a guerra é um ato de violência, caos e destruição que muitas das vezes podia ter sido evitado se apenas, as pessoas tivessem um mínimo de senso e consciência humana, reunissem e falassem sobre o assunto. A guerra é um ato criminoso, mas eu não prevejo que alguém consiga atuar devidamente contra o presidente russo, afinal, ele trata-se, sem dúvida, de um criminoso e cobarde que manda matar e destruir, mas ele próprio não sai para resolver o que realmente pretende.

As guerras conversam em formas de balas, perdas, terror, horror, lágrimas e destruição. Acaba-se com vidas humanas de uma forma banal e promulga-se um caos desnecessário, tudo por causa de um ego de um homem que é cego pelo poder e move-se pelo seu ego fútil.

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Vera Carvalho
Estudou Línguas e Literaturas Europeias. Mestre em Espanhol como Língua Segunda e Língua Estrangeira pela Universidade do Minho. Tem dois livros publicados: Eterno Inferno (2019) e Nostalgia Inquietante (2021). Também participou em antologias poéticas: Sentidos Despertos (2020) e A poesia dos dois lados do Atlântico (2021). Atualmente está a trabalhar como professora de inglês e espanhol.
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