A Iniciativa Liberal de Famalicão condena a forma de como são atribuídas as verbas para os órgãos de comunicação social do concelho, sob forma de contratos de publicidade.
Para os liberais, esta gestão, “para além de pouco transparente, tem revelado uma certa tendência para prejudicar alguns dos jornais locais que decidam seguir uma linha mais crítica da gestão da Câmara”.
“Há uma clara falta de transparência em todo este assunto, já para não falar daquilo que parece ser uma tentativa clara de asfixiar a imprensa local. Tudo isto é inadmissível em democracia, e é de extrema necessidade que a Câmara Municipal e Mário Passos esclareçam todas estas questões, sob pena de manchar o nome da Câmara e do concelho que representam”, refere João Pedro Silva, coordenador do núcleo de Famalicão da Iniciativa Liberal.
“Para além do já denunciado caso do Jornal de Famalicão, relativamente a pressões para não publicar certas matérias, por parte do Gabinete de Comunicação da Câmara Municipal, e da perda de importantes verbas públicas disponibilizadas sobre contratos de publicidade. Outro órgão de comunicação social famalicense – o Notícias de Famalicão – veio hoje denunciar, que surpreendentemente, as verbas subiram no seu valor global, apesar de haver menos concursos, uma vez que o Jornal de Famalicão foi excluído”, refere a Iniciativa Liberal em comunicado enviado à imprensa.
“Outra novidade, que apenas parece confirmar a arbitrariedade com que estas matérias são geridas, é que aparentemente os jornais digitais não estão habilitados a receber estas verbas”, destacam os liberais, acrescentando que isso “demonstra a falta de visão e critério com que as verbas são atribuídas, numa altura em que a imprensa luta pela sobrevivência e procura novas formas de se manter atual e competitiva”.
“Parece ser uma medida que prejudica especificamente o Notícias de Famalicão, até porque existem outros meios de imprensa local com publicidade da Câmara visível nas suas plataformas digitais”, salienta a iniciativa liberal.
A Iniciativa Liberal pede que a Câmara de Famalicão venha a público imediatamente esclarecer esta questão, assim como quais são, de facto, os critérios que determinam a atribuição de verbas públicas.
“Porque é que órgãos de imprensa legítimos, como o Jornal de Famalicão e o Notícias de Famalicão são excluídos de receber estas verbas?”, questionam os liberais, que também querem saber “qual o papel do famigerado gabinete de comunicação da Câmara Municipal em todo o processo e porque é que o mesmo não parece ser gerido por um órgão camarário mais imparcial e competente”.
Em declarações, João Pedro Silva, Coordenador da Iniciativa Liberal em Famalicão, refere que “é urgente clarificar esta questão”.
“Qual é o papel do gabinete de comunicação da Câmara na atribuição de verbas? Já não é a primeira vez que é acusado de exercer pressões sobre a imprensa local e não vemos nenhuma condenação ou reestruturação do mesmo”, destaca o dirigente partidário.
João Pedro Silva acrescenta ainda que “também não sabemos porque é que as verbas aumentam se há menos órgãos de comunicação social habilitados para as receber. Nem porque é que é que o Jornal de Famalicão e o Notícias de Famalicão estão a ser prejudicados desta forma”.
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