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Sábado, 27 Abril 2024
Vera Carvalho
Estudou Línguas e Literaturas Europeias. Mestre em Espanhol como Língua Segunda e Língua Estrangeira pela Universidade do Minho. Tem dois livros publicados: Eterno Inferno (2019) e Nostalgia Inquietante (2021). Também participou em antologias poéticas: Sentidos Despertos (2020) e A poesia dos dois lados do Atlântico (2021). Atualmente está a trabalhar como professora de inglês e espanhol.

Qual é o método mais adequado para ensinar um idioma?

Existem imensos métodos que podem funcionar e ter resultados positivos conforme cada aluno.

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Vera Carvalho
Estudou Línguas e Literaturas Europeias. Mestre em Espanhol como Língua Segunda e Língua Estrangeira pela Universidade do Minho. Tem dois livros publicados: Eterno Inferno (2019) e Nostalgia Inquietante (2021). Também participou em antologias poéticas: Sentidos Despertos (2020) e A poesia dos dois lados do Atlântico (2021). Atualmente está a trabalhar como professora de inglês e espanhol.

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Desde sempre que se questiona e tenta-se encontrar resposta para esta pergunta que tanto inquieta os docentes e alunos. Existe alguma metodologia, que se aplique a todos os alunos, e que, portanto, seja vantajosa para aprender e ensinar um idioma?

A verdade é que não existe um método em concreto que seja eficaz e aplicável a todos os alunos para que estes consigam absorver um idioma de forma imediata.

Existe sim, imensos métodos que podem funcionar e ter resultados positivos conforme cada aluno.

Quero com isto dizer que, não há um método que possa ser universal a todos os estudantes para que estes consigam obter resultados nesta área. Cada vez mais se defende um enfoque mais voltado para a comunicação e interação, ou seja, em que as atividades e mesmo os próprios manuais selecionados para ensinar, tenham uma metodologia sobretudo comunicativa e que seja capaz de dotar o alunos de capacidades autónomas, de modo que este, futuramente, consiga comunicar-se em qualquer contexto do idioma.

Acredito também que, o objetivo da maioria das pessoas que se propõe a aprender um idioma seja precisamente esse: aprender a falar bem em um curto espaço de tempo. Mas lamento informar que não existe uma fórmula mágica para tal e que, dependendo de pessoa para pessoa, cada um terá o seu próprio espaço e tempo para aprender uma língua. O importante é o docente respeitar esse processo e adequar as metodologias conforme assim o seja preciso em determinada turma.

Eu sei que isto se revela complicado, devido ao programa de ensino atualmente vigente em Portugal (pelo menos), pois cada vez mais se apresenta precário e retrógrado e por isso, não acompanhando as evoluções de ensino-aprendizagem que têm surgido na área.

Continua-se a negar que o aluno cresça de forma autónoma e até existe uma certa limitação em explorar as capacidades criativas e críticas que estes têm. Isto porque o programa de ensino não está desenhado nem preparado para tal. É por isso, necessário uma revolução do sistema de ensino para que, formemos alunos dotados de capacidades comunicativas, criativas e críticas, em relação ao mundo que nos rodeia e que saibam tecer as suas próprias opiniões perante a realidade. Uma vez que, atualmente, (não) estamos a formar cidadãos (mas sim, “máquinas”) que só “devoram” conteúdos e depois despejam para um teste ou para um exame, por vezes, nem entendendo a matéria. O que cada vez mais tem desmotivado os alunos e limitado a sua própria essência e valor.

E de que maneira isto está relacionado com o “método mais adequado para ensinar (uma língua)?

Está associado na medida em que, não pode haver um único método correto e que se aplique de forma igualitária a todos os alunos dentro de uma aula. Para isso é preciso ter atenção à organização de turmas, como por exemplo, não formando turmas em que se exceda os 10/12 alunos. Isto iria proporcionar um acompanhamento de ensino mais atento, dinâmico e eficaz, porque o docente poderia focar e dar atenção a cada um dos seus alunos. Além disso, podia existir mais espaço para criação e aplicação de atividades diferenciadas que iriam cativar os alunos à aprendizagem do idioma em questão.

Sem dúvida que este é um longo e complexo processo que ainda tem que se percorrer. Mas é cada vez mais urgente esta mudança. Pois cada vez mais se nota o desinteresse e aborrecimento dos jovens para a aprendizagem em geral. Bem como se nota uma certa desmotivação e desânimo dos docentes que não são valorizados pelo seu trabalho e na qual não é dada liberdade e sobretudo, tempo, para poder realizar e criar dentro do espaço da aula.

Portanto, para concluir e respondendo à pergunta da crónica, não existe um método de ensino correto e aplicável a todos de igual forma. Pois todos os aspetos que devem ser trabalhos num idioma são importantes e, na minha opinião, todos devem ter a sua carga de importância e trabalho de igual forma. Porém, sei que isto é muito difícil de conseguir e que sempre vai se sobressair um aspeto pelo outro.

Mas na minha perspetiva pessoal, creio que primeiramente devemos dar espaço, tempo, liberdade e sobretudo, autonomia aos nossos alunos. Sempre com respeito e empatia de uns pelos outros. Tenho a certeza que desta forma, qualquer método de ensino de uma língua iria resultar benéfico para ambas as partes e que se iria atingir resultados a largo prazo.

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Vera Carvalho
Estudou Línguas e Literaturas Europeias. Mestre em Espanhol como Língua Segunda e Língua Estrangeira pela Universidade do Minho. Tem dois livros publicados: Eterno Inferno (2019) e Nostalgia Inquietante (2021). Também participou em antologias poéticas: Sentidos Despertos (2020) e A poesia dos dois lados do Atlântico (2021). Atualmente está a trabalhar como professora de inglês e espanhol.
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