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Vila Nova de Famalicão
Sexta-feira, 3 Maio 2024

Conheça a obra polémica que João Cutileiro vendeu à Câmara de Famalicão

Morreu o escultor João Cutileiro. O artista deixou uma obra polémica em Famalicão, que custou milhares de euros à Câmara Municipal.

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Esta terça-feira, 5 de janeiro, fica marcada pela morte do escultor João Cutileiro, aos 83 anos, em consequência de graves complicações respiratórias que tinham motivado o seu internamento num hospital de Lisboa.

João Cutileiro – irmão do diplomata, antropólogo e escritor José Cutileiro, que morreu em maio de 2020 – é considerado um dos maiores escultores contemporâneos portugueses, sendo autor de obras de arte pública em várias cidades.

Estátua de D. Sancho I, uma obra polémica de João Cutileiro em Famalicão. Fotografia DR/MAPIO.NET

Uma dessas obras, que muitos famalicenses desconhecem, é a escultura evocativa do rei D. Sancho I. A obra foi comprada pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, na presidência de Agostinho Fernandes, e serviu para homenagear o rei que ficou conhecido pelo cognome “O Povoador”, que viveu entre 1154 e 1211.

Em 1205, D. Sancho I concedeu a Carta de Foral a Vila Nova de Famalicão, para que nas terras férteis que hoje correspondem ao território do concelho, se desenvolvesse uma povoação e se realizasse uma feira.

A escultura em mármore que João Cutileiro vendeu à Câmara Municipal de Famalicão, por vários milhares de euros, foi alvo de alguma polémica, por não ser uma representação aproximada do rei português.

Há quem diga, inclusive, que a representação de D. Sancho I vendida ao município famalicense seria uma das esculturas que Cutileiro tinha no seu ateliê e não teria conseguido vender.

Indiferente a essa polémica, no dia 9 de julho de 1997, nas comemorações do décimo segundo aniversário da cidade de Vila Nova de Famalicão, Agostinho Fernandes, inaugurava a Rotunda de D. Sancho I.

Mas não foi apenas em Famalicão que a obra de Cutileiro gerou polémica. Da sua obra destacam-se as figuras de mármore, uma das mais polémicas, a de D. Sebastião, está instalada em Lagos e foi inaugurada em 1972, tendo desafiado então o Estado Novo.

No obituário sobre o artista, assinado pela agência Lusa, o site da rádio TSF define João Cutileiro como “o escultor do mármore, da polémica e dos corpos femininos em pedra”.

Natural de Lisboa, João Cutileiro vivia em Évora desde 1985 e formou-se em Oxford. Frequentou os ateliês de António Pedro, Jorge Barradas e António Duarte de 1946 a 1950, tendo feito a sua primeira exposição individual (“Tentativas Plásticas”) em 1951, com 14 anos, em Reguengos de Monsaraz, onde apresentou esculturas, pinturas, aguarelas e cerâmicas.

João Cutileiro foi condecorado com a Ordem de Sant’Iago da Espada, Grau de Oficial, em agosto de 1983, e recebeu o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Évora e pela Universidade Nova de Lisboa, este último, concedido em 2017.

Em 2018, Cutileiro recebeu a medalha de mérito cultural, atribuída pelo Governo, numa cerimónia no Museu de Évora que serviu igualmente para formalizar a doação do espólio do escultor ao Estado português.

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