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Vila Nova de Famalicão
Quinta-feira, 2 Maio 2024
Elvira Maria Costa
Estudou Ciências Sociais, adora psicologia e escreveu um livro de poesia. Ainda não desistiu da ciência da felicidade e procura palavras ainda por inventar.

Filho és, pai serás, como fizeres, receberás!

Nos dias de hoje assistimos a duas ambiguidades: filhos órfãos de pais vivos e pais órfãos de filhos.

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Elvira Maria Costa
Estudou Ciências Sociais, adora psicologia e escreveu um livro de poesia. Ainda não desistiu da ciência da felicidade e procura palavras ainda por inventar.

Famalicão

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Já todos ouvimos esta ou aquela fábula sobre pais e filhos, mas recordo uma contada pela minha avó.

Certo dia um filho levou o pai ao monte para o lá deixar acompanhado apenas por uma manta para lhe tapar o frio, quando para seu espanto o pai lhe perguntou se este tinha uma faca pois pretendia dar-lhe parte da manta para quando seus filhos também o trouxessem ao monte não lhe faltar a manta que o cobrisse.

Nos dias de hoje assistimos a duas ambiguidades:

Filhos órfãos de pais vivos e pais órfãos de filhos … Por abandono, entende-se o ato do cuidador negar ou ignorar as suas responsabilidades perante a pessoa idosa, ou filho dependente ou menor os quais são totalmente vetados e atirados à solidão. Podem ainda existir casos de abuso, em que o cuidador tem um papel ativo em causar danos ao idoso ou menor (por exemplo, agressão física) ou casos de negligência, em que o cuidador tem um papel passivo, associado à insensibilidade, ausência de empatia, desvalorização do idoso ou menor e falhas nos cuidados prestados.

Vivemos na era onde o conceito de família se vai dissipando aos poucos.

Pais que renegam os filhos e os esquecem em prol de outros filhos de uma outra relação.

Filhos que abandonam os pais ou os esquecem por egoísmo, influências, cicatrizes por fechar ou mesmo por falta de reciprocidade amorosa.

Amar também se aprende…

A dor de abandono de um idoso é tao cruel como a dor de um adulto privado do cuidado e do amor parental enquanto criança.

Talvez esse adulto ainda não tenha encontrado explicação para o abandono parental pois as páginas do seu livro ainda tenham poucas palavras à altura do abandono muitas vezes desculpado por guerras e guerrilhas parentais onde os petardos e bombas , são menores que ficam com estilhaços cravados no peito para toda a vida.

Nos idosos com quase todo o livro escrito e desenhado, talvez nas últimas páginas redigidas encontrem alguma palavra condutora para a explicação do desprezo de seus filhos, muito embora nos dias de hoje quem defende o não abandono dos animais não tenha desculpa para a desumanidade do desprezo, abandono e falta de tempo ou até mesmo a distância que mora aqui ao lado sendo esse lado o mesmo do pai… Desculpas e mais desculpas que apenas tem um nome; abandono.

De nada vale apenas festejar o Natal e levar o fardo do pai ou do filho, lanchar quando dá jeito, ou almoçar em datas comemorativas.

Para não me alongar recordo que todos ou anos têm 365 ou 366 dias, não apenas meia dúzia de ocasiões.

A falta de amor, cuidado, amparo, respeito, vinculação segura leva a adultos doentes afetivamente, assim como os maus tratos a negligência, a falta de amor, de humildade parental leva a modelos de filhos negligentes, egoístas, egocêntricos, paranóicos, e com distúrbios de personalidade.

A grande parte dos comportamentos são aprendidos por observação imitação de figuras de referência.

António, Manuel, Pedro, José, Victor, Marta, Maria, Joana, Helena…, já se perguntaram porque se desresponsabilizaram na educação dos vossos filhos ou os abandonaram?

E dos vossos pais que estão velhos, dependentes, sozinhos e novamente crianças?

Será que cada pai, mãe ou filho/filha se perguntaram e analisaram o seu comportamento perante aqueles a quem deviam proteger, amar, cuidar e amparar?

Talvez estejamos a caminhar para dias sem mantas para encobrir o frio, pois a vida tem cada vez invernos mais rigorosos e mais dias sem pão ou água.

Talvez os filhos sejam filhos do acaso e os pais, pais por acaso.

Talvez o coração seja apenas um relógio que apenas bate horas mas desprovido de vida, inteligência e amor como o do homem de lata que não sabia o que era amar, pois amar é uma ciência aprendida diariamente e que às vezes faz doer e outras sorrir.

Talvez a falte de fé em algo maior nos tenha tirado do caminho e nos tenha feito andar em círculos … Não tiremos aos pais o direito a ser cuidados pelos filhos.

Não tiremos aos filhos os direitos e cuidados da parentalidade por pais esquecidos ou amnésicos de deveres, valores e por fim direitos.

Que não precisemos de mantas e os montes sejam apenas destinados à natureza selvagem.

 

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Elvira Maria Costa
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