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Domingo, 5 Maio 2024

Solidão em tempos de pandemia

Estará o distanciamento físico a transformar-se em isolamento social? Que medidas podemos tomar para minorar as consequências do isolamento social particularmente nos idosos?

3 min de leitura
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Susana Dias
Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.

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O isolamento físico tem sido das ferramentas mais importantes para combater o avançar da pandemia, mas este isolamento, que serve para prevenir a infeção, pode despertar sentimentos de solidão particularmente entre os mais velhos.

Devemos pensar em algumas questões. Estará o distanciamento físico a transformar-se em isolamento social? Que medidas podemos tomar para minorar as consequências do isolamento social particularmente nos idosos?

As consequências da solidão provocam impacto na saúde física e mental. Os estudos mostram que a solidão e o isolamento estão associados a um aumento do risco de doenças cardiovasculares, à diabetes tipo 2, depressão e ansiedade, obesidade, mortes súbitas, etc.

Na prática clínica, temos reconhecido situações em que o distanciamento físico deu lugar ao isolamento social e testemunhamos os seus efeitos em termos de impactos físicos, emocionais e psicológicos.

Estamos a fazer um esforço para que as pessoas não fiquem infetadas, mas, por outro lado, estamos a pô-las em risco por outras razões.

Neste sentido, penso que é urgente identificarmos medidas que possam minorar o isolamento social no contexto atual. As tecnologias têm tido um papel relevante e continuarão a ser uma importante ferramenta principalmente em instituições junto das pessoas idosas e dos profissionais que delas cuidam.

Estará o distanciamento físico a transformar-se em isolamento social? Que medidas podemos tomar para minorar as consequências do isolamento social particularmente nos idosos?

É necessário proporcionar momentos de proximidade e de atividades diversificadas a esta população, mitigando assim o sentimento de solidão e o impacto causado pela pandemia de covid-19, nomeadamente jogos de estimulação cognitiva, atividades como a ginástica geriátrica, música entre outras. Sempre com estrito cumprimento de todas as medidas de segurança impostas e recomendadas pela Direção-Geral da Saúde.

Outra das medidas poderá ser a aplicação de questionários para avaliação de sintomatologia relativa à ansiedade e depressão, cujos resultados poderão ser analisados pela equipa de psicologia, permitindo fazer uma triagem e encaminhamento de situações merecedoras de atenção.

É preciso também incentivar as famílias e amigos a promoverem o contacto regular. Proporcionar visitas presenciais separados por um acrílico ou por uma janela em que o contacto visual é extremamente importante.

Numa época especial que se aproxima, como é o Natal, é importante que as instituições encontrem formas de acolher e de replicar um pouco daquilo que é o espírito da família.

Em casa ou no trabalho, procure manter relações sociais, convide um amigo para conversar, incentive o convívio nem que seja à distância entre pessoas que moram sozinhas com um simples telefonema.

Face aos próximos meses, que se prevê serem desafiantes, o mais importante é encontrar um equilíbrio: o distanciamento físico continuará a ser uma medida importante para diminuir o contágio, mas devemos evitar que este se transforme, ou potencie, o isolamento social, particularmente na população vulnerável dos idosos.

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Susana Dias
Socióloga, mestre pela Universidade do Minho, pós-graduada em Gestão e Administração em Saúde e apaixonada pela geriatria. É diretora clínica da Oldcare Famalicão.
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