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Vila Nova de Famalicão
Sexta-feira, 3 Maio 2024
José Carlos Fernandes Pereira
É formado em Direito, administrador hospitalar e fundador da Associação de Antigos Alunos do Externato Delfim Ferreira, de Riba de Ave. Escreve a coluna “Causas e Efeitos” no dia 6 de cada mês.

O contributo das farmácias no contexto pandémico

Os nossos farmacêuticos e as farmácias estão aptos a dar um significativo contributo adicional para o alargamento dos profissionais de saúde e dos locais de vacinação contra a COVID-19, alavancando a estratégia nacional para “vacinar, vacinar, vacinar”.

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José Carlos Fernandes Pereira
É formado em Direito, administrador hospitalar e fundador da Associação de Antigos Alunos do Externato Delfim Ferreira, de Riba de Ave. Escreve a coluna “Causas e Efeitos” no dia 6 de cada mês.

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Para muitos cidadãos, as farmácias são a estrutura de saúde mais acessível para prestar cuidados de proximidade. Pela sua dispersão territorial e pela qualificação diferenciada dos seus profissionais, as farmácias assumem uma importância fundamental no ecossistema da saúde, designadamente no acesso e gestão da terapêutica, administração de medicamentos, determinação de parâmetros, identificação de pessoas em risco, deteção precoce de diversas doenças, promoção de estilos de vida saudáveis ou no processo de vacinação (v.g. gripe sazonal).

No atual contexto pandémico, as farmácias adaptaram-se a novas normas do INFARMED e da DGS, em vista a assegurar medidas adicionais de segurança sanitária para colaboradores e utentes. Estas medidas permitiram assegurar, mesmo em confinamento, a continuidade do funcionamento de uma rede de 2.804 farmácias em todo o território nacional, uma das melhores da Europa (185 no distrito de Braga e 28 no concelho de Vila Nova de Famalicão), permitindo aos portugueses um efetivo acesso ao medicamento.

No âmbito da COVID-19, as farmácias passaram a contribuir diariamente para incrementar a literacia e o esclarecimento de dúvidas dos cidadãos sobre assuntos como a prevenção da infeção pelo SARS-CoV-2 ou até sobre a segurança e eficácia das novas vacinas.

Numa altura em que no nosso país se encontram sucessivamente presentes as quatro variantes classificadas pela OMS como “de preocupação” (Alpha, do Reino Unido; Beta, da África do Sul; Gamma, do Brasil; e Delta, da Índia), quando ainda 69% da população de Portugal continental não tem a vacinação completa e a variante Delta é responsável por 90% das infeções, é absolutamente prioritário travar as cadeias de transmissão e acelerar a vacinação em vista a alcançar a imunidade de grupo (que já não se alcançará com os 70% que haviam sido estimados, sendo já referida a necessidade de vacinar 85% da população, o que incluirá crianças e adolescentes).

De referir que existem mais sete variantes atualmente classificadas “de interesse” pela OMS (Épsilon, Zeta, Eta, Theta, Iota e Kappa), que apresentam transmissão comunitária em países como os Estados Unidos, Brasil ou Filipinas.

Com acesso a uma operação logística robusta e um universo de farmacêuticos com formação e competência específica reconhecida pela Ordem dos Farmacêuticos em administração de vacinas e medicamentos injetáveis, os nossos farmacêuticos e farmácias estão aptos a dar um significativo contributo adicional para o alargamento dos profissionais de saúde disponíveis e dos locais de vacinação contra a COVID-19, alavancando a estratégia nacional para “vacinar, vacinar, vacinar”.

Atendendo à escalada desta quarta vaga (obrigando a novas medidas restritivas), não é racional continuar a desperdiçar a disponibilidade dos farmacêuticos para vacinar urgentemente o maior número de pessoas, procurando alcançar o objetivo inicial das 150 mil inoculações/dia.

Em entrevista no Primeiro Jornal, na SIC, no passado domingo, o vice-almirante Gouveia e Melo, coordenador da task force, confirmou a necessidade de aumentar o ritmo de vacinação e sublinhou que as duas próximas semanas serão decisivas.

Citando Hans Rosling, conhecido professor de saúde internacional no prestigiado Instituto Karolinska (Suécia), no seu livro Factfulness (2018), “protegermo-nos de todas as formas possíveis de um vírus que é altamente transmissível e ignora todo o tipo de defesa vale a pena o esforço, para o dizer com suavidade”.

Mas há outros contributos de relevo das nossas farmácias:

Após experiências bem sucedidas (v.g. terapêuticas antirretrovirais), as farmácias passaram também a fornecer medicamentos dispensados nas farmácias hospitalares em regime de ambulatório, sem descurar a qualidade, eficácia e segurança, mantendo as boas práticas de distribuição de medicamentos de uso humano.

Através de circular normativa do INFARMED, foram emitidas orientações para o acesso de proximidade a medicamentos dispensados em regime ambulatório de farmácia hospitalar, tendo por objetivos assegurar a continuidade do fornecimento de medicamentos ou outros produtos, evitar deslocações aos hospitais e minimizar riscos de exposição, quer por dispensa na farmácia comunitária, quer por entrega dos medicamentos no domicílio do utente.

Nesta matéria, a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) promoveu um estudo populacional sobre a acessibilidade e dispensa de proximidade ao medicamento hospitalar. Através de entrevistas online, entre 20 de outubro e 4 de novembro de 2020, concluiu que 35,8% dos inquiridos mudaram o local de levantamento/dispensa da medicação hospitalar, do período pré-pandemia para o pós-confinamento, poupando em média a cada utente 112 km nas suas deslocações de ida e volta. Esta poupança equivaleu a um gasto inferior a 5€ contra os mais de 20€ gastos anteriormente. Para o futuro, 82,9% dos inquiridos gostaria que o levantamento/dispensa da medicação fosse feito numa farmácia perto de si (43,7%) ou em casa (39,2%).

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