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Segunda-feira, 6 Maio 2024
Natália Pinto
Licenciada pela Escola de Medicina Tradicional Chinesa (Lisboa) e mestre em acupuntura e medicina oriental pela Arizona School of Acupuncture and Oriental Medicine (EUA), a famalicense Natália Pinto, que na última década viveu nos Estados Unidos e na China, fez estágio hospitalar na Universidade de Medicina Tradicional Chinesa de Nanjing (China) e contabiliza diversos certificados na área.

A medicina chinesa não faz distinção entre medicina e alimentação

O primeiro passo é identificar o desequilíbrio e, posteriormente, prescrever quais alimentos podem ajudar a contrabalançar esse desequilíbrio.

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Natália Pinto
Licenciada pela Escola de Medicina Tradicional Chinesa (Lisboa) e mestre em acupuntura e medicina oriental pela Arizona School of Acupuncture and Oriental Medicine (EUA), a famalicense Natália Pinto, que na última década viveu nos Estados Unidos e na China, fez estágio hospitalar na Universidade de Medicina Tradicional Chinesa de Nanjing (China) e contabiliza diversos certificados na área.

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“A Medicina Chinesa não faz nenhuma distinção entre Medicina e Alimentação”
Lin Yutang

Penso que a única área da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) que eu ainda não escrevi em mais profundidade é a dietética. Portanto, hoje resolvi seguir esse caminho.

O que a Dietética Chinesa traz de diferente? O que nos separa da Nutrição Ocidental? E como podemos usar produtos do dia a dia para melhorar a nossa saúde segundo a MTC?

Penso que a grande maioria das pessoas do mundo ocidental, pelo menos uma vez, já foi a uma consulta de nutrição. Eu já fui a várias ao longo da minha vida. Para diminuir o acne, para controlar peso ou simplesmente para tentar ser mais saudável e alimentar-me melhor.

Planos alimentares foram passados, macros e micronutrientes calculados quase ao pormenor. Calorias contadas e alimentos prescritos. O que comer e o que não comer, etc. De uma forma muito geral sempre foram assim as minhas consultas. E penso que já não deve ser surpresa para muitos o que eu vou dizer a seguir: A Medicina Chinesa não liga a nenhuma destas coisas. Mas afinal o que nós fazemos em termos de Dietética? Qual é a nossa base e estratégia? E como prescrevemos alimentos para auxiliar na saúde?

De um modo muito simples, nós tentamos contrabalançar os desequilíbrios de cada um dos nossos pacientes. Uma das teorias básicas da Medicina Chinesa é a teoria dos 5 movimentos (Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal). Cada movimento está associado a, pelo menos, dois órgãos (Ou um órgão e uma víscera, como costumamos chamar em linguagem MTC). Temos por exemplo o elemento Terra associado ao baço/pâncreas e ao estômago, a Madeira ligada ao fígado e vesícula biliar, etc. Como tal, cada movimento e consequentemente cada órgão tem alimentos que os vão nutrir ou drenar.

O nosso primeiro passo é sempre fazer um diagnóstico, de maneira a identificar o desequilíbrio. E posteriormente prescrever quais alimentos podem ajudar a contrabalançar esse desequilíbrio. Muito semelhante a Fitoterapia (plantas medicinais), mas através da nossa alimentação. Tal como as plantas, os alimentos têm sabores (também associados aos 5 movimentos) e temperaturas. Sempre que eu me refiro a temperatura de um alimento eu estou a falar do efeito que este tem no nosso corpo e não na temperatura física que se encontra.

Um bom exemplo é a canela ou o gengibre que mesmo consumidos à temperatura ambiente têm um efeito termogéneo, isto é, produzem calor interno, também muitas vezes associados ao aumento do metabolismo. Outro bom exemplo é a menta que é muitas vezes consumida em forma de infusão (chá) em países quentes, mas que tem como função arrefecer o nosso corpo e estarmos mais preparados para o calor externo.

Agora vamos ver um exemplo mais prático de como aplicamos a dietética na MTC. Um caso de obesidade ou excesso de peso, por exemplo. Diagnosticado com uma deficiência a nível da energia do baço/pâncreas e estômago. Essa deficiência é a causa do excesso de peso, visto que estes órgãos são responsáveis pela transformação e transporte dos alimentos. Estes estando sem energia, não conseguem realizar as suas funções devidamente causando acúmulo de peso.

Nossa estratégia alimentar será nutrir o Movimento Terra e evitar alimentos que possam piorar o estado do nosso paciente. Um exemplo prático de alimentos a evitar neste caso seria: ananás, pepino, saladas cruas, kiwi, melancia, lacticínios, tomate, etc. Alimentos a consumir: caldo de carne ou frango, salmão, damasco, pêssego, abóbora, cenoura, batata-doce, erva-doce, aveia, milho, nozes, alecrim, etc.

Possivelmente algo bem diferente das recomendações da Nutrição Ocidental. Acredito que muitos dos leitores chegaram a essa conclusão assim que citei os alimentos a evitar.

Isso não significa que estamos constantemente em desacordo com nutricionistas, muitas vezes as recomendações são muito semelhantes. Mas há sempre casos em que não estamos 100% de acordo. Atenção ao fato de uma deficiência da energia do baço/pâncreas não é a única condição que pode causar aumento de peso, portanto procure sempre um profissional que possa fazer um diagnóstico preciso e dar a melhor recomendação.

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Natália Pinto
Licenciada pela Escola de Medicina Tradicional Chinesa (Lisboa) e mestre em acupuntura e medicina oriental pela Arizona School of Acupuncture and Oriental Medicine (EUA), a famalicense Natália Pinto, que na última década viveu nos Estados Unidos e na China, fez estágio hospitalar na Universidade de Medicina Tradicional Chinesa de Nanjing (China) e contabiliza diversos certificados na área.
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