Quando falamos em saúde habitualmente pensamos no bem-estar físico, psíquico e social ou ainda, quando necessário, se temos maior ou menor acesso com qualidade a um serviço nacional de saúde geral, universal e tendencialmente gratuito.
A saúde representa também um setor inovador e internacionalmente reconhecido, gerador de valor acrescentado para a economia portuguesa, com notório crescimento ao nível do número de empresas/instituições, de trabalhadores diferenciados, de volume de investimento em I&D ou de publicações.
De acordo com a AICEP, a fileira da saúde representa um volume de negócios de 30 mil milhões de euros e um valor acrescentado bruto de 9 mil milhões, envolvendo cerca de 90 mil empresas e 300 mil trabalhadores.
Esta fileira compreende uma rede de hospitais e clínicas, universidades, instituições de I&D, parques tecnológicos e incubadoras, empresas farmacêuticas e de biotecnologia, tecnologias médicas e tecnologias de informação e ainda distribuição e serviços, entre os quais o turismo médico.
Possuímos em Portugal dos melhores e mais bem formados profissionais de saúde do mundo e recursos humanos altamente qualificados
Todos os anos os nossos investigadores são reconhecidos e premiados em áreas como a neurologia, a oncologia ou as doenças degenerativas.
Portugal é hoje um destino atrativo com excelentes condições para a realização de investigação clínica e de translação ou de ensaios clínicos, com elevada qualidade e grau de especialização do tecido científico.
Tendo em vista a contribuição para a otimização do potencial clínico, científico e tecnológico de Portugal, de salientar, nesta área, a criação em 2018 da Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB), com sede no Porto e a missão de promover, coordenar e apoiar atividades nas áreas da investigação clínica e de translação (IC&T) e inovação biomédica.
O nosso país detém vários institutos de investigação e desenvolvimento como a Fundação Champalimaud (neurociências, cancro), o INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (nanociência, nanomedicina e nanotecnologia), o i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (cancro, neurobiologia e doenças neurológicas), o iMM – Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (investigação biomédica básica e investigação clínica e de translação).
A nossa indústria farmacêutica tem dado um contributo excecional para a criação de valor em Portugal. Nas últimas duas décadas tornou-se num setor estratégico e altamente competitivo, com recursos humanos qualificados e tecnologias da generalidade das formas farmacêuticas.
Na área farmacêutica, desenvolvemos medicamentos inovadores para a epilepsia e para a doença de Parkinson. Desenvolvemos ainda testes genéticos para diagnóstico de doenças raras e criámos softwares que permitem tratar melhor os doentes.
Em vista à promoção da internacionalização e da exportação, objetivada na competitividade da indústria farmacêutica de base produtiva nacional, o INFARMED, a AICEP e a APIFARMA associaram-se no projeto PharmaPortugal, uma parceria que tem como principais objetivos dar a conhecer a capacidade de inovação e investigação das farmacêuticas portuguesas.
O setor farmacêutico representa a maior fatia do volume de negócios da fileira da saúde, sendo altamente competitivo. Integrado no sistema europeu do medicamento, reconhecido pela EMA – Agência Europeia de Medicamentos e pelo FDA – Food and Drug Administration, encontra-se no 31º lugar no ranking global das empresas exportadoras a nível mundial.
Este setor assume-se como uma excelente porta de entrada na Europa para clientes estrangeiros, tendo uma elevada capacidade competitiva, em termos de qualidade, produtividade, qualificação dos recursos humanos e I&D. Utiliza também tecnologia inovadora para a generalidade das formas farmacêuticas, tem flexibilidade, uma capacidade de adaptação única para as diferentes necessidades dos parceiros mundiais e cumpre as boas práticas de fabrico de medicamento exigidas mundialmente.
A indústria farmacêutica e a comercialização de equipamentos médico-cirúrgicos exportam para 158 mercados altamente competitivos, sendo os seus principais clientes a Irlanda, Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido. Estas exportações ascenderam em 2019 a 1.478 milhões de euros, registando entre 2015 e 2019 uma taxa média de crescimento anual de 5,4%.
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