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Domingo, 5 Maio 2024
Elvira Maria Costa
Estudou Ciências Sociais, adora psicologia e escreveu um livro de poesia. Ainda não desistiu da ciência da felicidade e procura palavras ainda por inventar.

Os diferentes significados do Natal

O Natal de hoje já não é igual ao de ontem nem ao da minha infância. Era um Natal mágico.

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Elvira Maria Costa
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Escrever sobre o Natal, sobre o seu significado ou os diferentes significados!

Tem quem tenha família mas não a tenha no Natal, quem não tenha família e ganhe uma no Natal, quem não tenha nada e continue sem nada no Natal.

O Natal de hoje já não é igual ao de ontem nem ao da minha infância.

Já não nos encontramos na casa da mãe, não porque não temos mãe, mas porque ela não quer fazer o Natal na casa dela, não consegue juntar os filhos…

Os filhos dela perderam-se como irmãos!

A mãe passou a fazer visitas aos filhos que deviam de se alternar mas nem sempre conseguem isso, tem filhos que se esqueceram de ser filhos e de quem deles cuidou da forma que sabia tentando dar o seu melhor.

É tão triste ter família e não ter ao mesmo tempo quem nos abrace, nos ouça, nos ame, se preocupe todos os dias do ano, e faça cada dia ser o Natal dos Natais.

É como se espremessem o coração, como se ele fosse um farrapo velho quase todo poído ou rotinho, como se as estrelas deixassem de brilhar e o sol deixasse de nascer.

O dia vira noite e o sorriso lágrimas de solidão.

Nos dias de hoje o que é afinal ter família, se tem famílias que nunca conversam durante o ano, não tem um almoço de irmãos, tem sobrinhos que não se conhecem, tem irmãos que não se falam, tem gente que não se cruza, que não se vê, que não se abraça, que não se encontra, que não tem em quem se apoiar…

Mas porquê, se falamos de adultos que tem plena consciência do bem e do mal, do que faz doer ou chorar, do que é perdoar e seguir em frente, do quanto é importante preservar os laços porque tem laços que jamais serão ex-laços.

O que é o Natal daqueles que não se suportam e fazem de conta, dos que se ignoram, dos que são incapazes de fazer um telefonema, dos que se esqueceram do que era o Natal quando eram irmãos de verdade numa família imperfeita mas que queria ser de verdade.

Era Natal, colhiam-se as pinhas do pinheiro manso, quase que se treinava uma partilha da lareira para que todos tivessem lugar para abrir as pinhas à volta do borralho.

Não tinham presentes caros, mas todos os sapatinho eram colocados atrás da lareira, todos eles tinham um presente, chocolates e carapins feitos pela irmã mais velha.

Era um Natal mágico.

Numa família onde às vezes faltava quase tudo.

O menino Jesus não se esquecia nunca de nenhum membro da família, mesmo não tendo quase nada para dar era sempre maravilhoso ver os olhos sorrir com as surpresas encontradas em cada sapatinho.

Na manhã de Natal havia a missa e o menino era dado a beijar.

No céu estalavam os foguetes.

Ao almoço tinham a roupa velha e um belo assado.

Eram felizes e não sabiam.

São lembranças de um irmão talvez esquecidas pelos outros ou percepcionadas hoje de forma diferente.

E hoje… Como é o Natal desta família?

E o daqueles que têm uma família unida, onde o lema é um por todos e todos por um?

O Natal de quem não tem ninguém, mas que um dia teve alguém?

O Natal dos que estão enlutados?

O Natal das famílias zangadas?

O Natal das famílias que se amam?

O Natal dos que não se sentem amados?

Como é hoje o Natal das redes sociais onde é mais importante aparecer do que ser?

Os anos passam e como será o Natal no seio desta família para o ano, para depois ou quando a mãe já cá não estiver?

A cada Natal o mesmo significado.

O mesmo frenesim.

Uns têm de escolher entre a tua família e a minha família, outros não são nem serão escolhidos porque deixaram de acreditar no amor pelos seus, vivem vidas mais egoístas, onde parece que é a quantidade de presentes e o seu valor material que mostra quem nos ama de verdade.

Tem quem gostasse de acordar e recuar até à infância que mesmo não sendo muito perfeita era mágica.

Mas já pensaram que ninguém é perfeito, e que o segredo é saber tolerar e respeitar as diferenças de cada um, porque se apenas um único homem houvesse no mundo também ele teria de tolerar as suas imperfeições.

É Natal, dia de reunir a família de conviver, de sorrir, de abraçar…

Que seja Natal todos os dias e que saibamos abraçar e acolher até quem já teve família mas por motivos desconhecidos ou mesmo conhecidos passaram a viver em continentes opostos quando vivem ao pé uns dos outros, são até mesmo vizinhos mas mal se falam.

Que onde reina o amor seja exemplo para onde os sorrisos deram lugar a lágrimas.

Que as famílias não se afastem sem dialogarem e curarem as feridas, que o Natal seja símbolo de empatia, compaixão, amor, fraternidade e união.

Um santo e feliz Natal, que nunca de desfaçam os laços do amor.

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