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Quarta-feira, 1 Maio 2024

Militantes do PSD-Castelões rompem com coligação e recusam apoiar Francisco Sá

Autarcas, ex-candidatos, militantes e simpatizantes do PSD de Castelões estão contra o apoio da coligação de direita ao presidente da Junta Francisco Sá, um socialista que se recandidata à Junta como independente. Querem continuar "ativos e presentes" na vida da freguesia e, por isso, não descartam a possibilidade de lançar uma “candidatura verdadeiramente independente”.

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A recandidatura do atual presidente da Junta de Freguesia Castelões, eleito pelo Partido Socialista, e agora anunciado candidato independente com o apoio da coligação PSD-CDS, não é consensual entre os militantes do PSD e do CDS naquela freguesia.

O descontentamento foi dado a conhecer por um grupo de cidadãos de Castelões, formado por cidadãos independentes e militantes do PSD, que há várias décadas têm estado a representar a coligação PSD-CDS na freguesia.

Na Assembleia de Freguesia de Castelões, e de acordo com os resultados das eleições autárquicas de 2017, o PS tem seis elementos. A coligação PSD-CDS elegeu três: Augusto Lemos, Isabel Gonçalves e Diana Teixeira da Silva.

A DEMARCAÇÃO

“Face às últimas notícias e comunicados relacionados com as candidaturas ‘independentes’ dos autarcas do Partido Socialista, nas freguesias de Castelões e Joane, e do apoio aos mesmos por parte da coligação ‘Mais Ação Mais Famalicão'”, o grupo emitiu um comunicado em que “se demarca por completo” do apoio anunciado pela coligação de direita ao autarca Francisco Sá.

“O que nos move e sempre moveu foi o amor à terra”, destaca Augusto Lemos que, nas últimas eleições autárquicas, foi o candidato da coligação PSD-CDS à presidência da Junta de Freguesia de Castelões e um dos membros do grupo “Por Castelões”.

A coligação PSD-CDS esteve representada em força na apresentação de Augusto Lemos, como candidato da coligação à Junta de Castelões, em 2017. Fotografia DR/MAIS AÇÃO MAIS FAMALICÃO

O grupo, que emitiu um comunicado à imprensa na tarde de sexta-feira, 22 de maio,  explica que “não existem, nem nunca existiram núcleos do PSD ou CDS formalizados em Castelões”, no entanto, “existiu sempre um grupo de cidadãos movidos só e apenas pelo amor à terra, na maioria dos casos aliando também ao facto de se identificarem com os referidos partidos, que promoveram candidaturas e apresentaram-se a sufrágio com o apoio da coligação”.

É por isso que as pessoas que sempre “deram a cara” pela coligação de direita em Castelões decidiram “tornar público que, contrariamente ao manifestado apoio expresso pela Coligação PSD/CDS ao atual presidente da Junta de Freguesia, eleito pelo Partido Socialista e futuro independente, se demarcam por completo desta posição”.

PAULO CUNHA E “A ESCOLHA CERTA”…

O grupo de militantes e simpatizantes do PSD de Castelões salienta que “respeita opiniões e posições”, destacando que “somos livres de nos aliar a quem muito bem entendermos e, também, de mudarmos de opinião [em relação a apoiar a recandidatura do eleito pelo Partido Socialista], o que no nosso caso não aconteceu”.

Augusto Lemos revela que não está “chocado” com a decisão da coligação em apoiar a recandidatura do presidente eleito pelo PS visto que isso já tem acontecido em outras freguesias com o objetivo de “ganhar eleições”.

No entanto, o ex-candidato social-democrata de Castelões não concorda com apoios que visam, em primeiro lugar, os resultados eleitorais em vez do que é melhor para a freguesia.

Recorde-se que a única vez que a freguesia de Castelões elegeu um presidente de junta social-democrata foi em 1982. Nas demais eleições sempre venceram os socialistas. O atual Presidente da Junta, por exemplo, concorreu tanto pelo PS como pelo grupo de socialistas que criaram o MAF – Movimento Agostinho Fernandes. “Há coisas que não nos esquecemos e nem nos identificamos”, destaca Augusto Lemos.

Para trás ficam as palavras de Paulo Cunha, líder do PSD no concelho e no distrito, que, em 2017, subscrevia as prioridades de Augusto Lemos para a freguesia, considerando-o a “escolha certa para que Castelões possa ultrapassar as necessidades com que se confronta”.

CANDIDATURA INDEPENDENTE É “POSSIBILIDADE”

Quanto ao futuro, o grupo Por Castelões afirma: “Continuamos livres e sem amarras, de cabeça erguida, mas sobretudo orgulhosos com o que fizemos e tentamos fazer”, avançando que irá “continuar a lutar pelos interesses da nossa terra”.

Por isso, uma “candidatura verdadeiramente independente” é uma “possibilidade” que o grupo não descarta e está a ser ponderada. “Queremos continuar ativos e presentes”, destaca Augusto Lemos.

Cartaz da campanha da coligação PSD-CDS para a Junta de Castelões em 2017.

“Castelões é quase uma ilha no concelho. As freguesias circundantes têm um nível de desenvolvimento superior”, destaca Augusto Lemos, acrescentando que o saneamento é uma das preocupações que o grupo quer ver resolvida na freguesia.

“Por sermos um grupo verdadeiramente independente não teremos os meios financeiros que dispõem os candidatos com apoio partidário”, explica, acrescentando que, no entanto, não faltará o mais importante: o amor por Castelões.

“É isto que tem de bonito a democracia, contudo, julgamos sensato e oportuno clarificar a situação, não por pressão, ou por qualquer outra razão, mas pura e simplesmente por que somos pessoas de bem, transparentes, movidas durante décadas por um só propósito”, refere o grupo que se assume “Por Castelões, pela nossa terra e pelos castelonenses”.

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