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Terça-feira, 7 Maio 2024
Tiago Lopes
Tem 21 anos e é estudante de Direito na Universidade do Porto. É apaixonado por política e pela natureza. Ocupa os tempos livres a ler, tocar piano, jogar xadrez e andar de bicicleta.

O Estado terrorista

Quando a União Soviética, em 1989, desocupa o Afeganistão, este país entra em guerra civil. No entanto, o armamento e o treino militar americanos não desapareceram.

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No passado dia 15 de Agosto, decorreu um acontecimento que marcará tanto a história como os próximos anos da política internacional. O Afeganistão foi conquistado por um grupo de terroristas conhecidos por Talibãs. Para analisarmos esta situação, precisamos fazer uso do passado para entender o presente. Farei, adiante, o percurso total de toda a situação pelo qual o Afeganistão está a passar, passando, primordialmente, pela sua história.

Entre 1979 e 1989, o Afeganistão encontrava-se ocupado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, comummente conhecida por União Soviética. Estávamos em plena Guerra Fria e os Estados Unidos da América não pretendiam deixar esta situação assim. Desta feita, os EUA decidem financiar e dar treino militar a grupos rebeldes, com o objetivo de combaterem o regime comunista.

Este primeiro grupo tinha como nome Maktab al-Khadamat (MAK). Um dos seus fundadores foi Osama Bin Laden. Este grupo vem, em 1988, a dar lugar à Al-Qaeda. Quando a União Soviética, em 1989, desocupa o Afeganistão, este país entra em guerra civil.

No entanto, o armamento e o treino militar americanos não desapareceram. Os vários grupos terroristas foram-se aglomerando e, em outros casos, dividindo até que em 1994, nasce o grupo Talibã. Este grupo conquista o poder em 1996. O Afeganistão, depois de controlado pela União Soviética, ter estado em guerra civil e de ser alvo diariamente, entre 1979 e 1996, de ataques terroristas, é finalmente controlado por um grupo terrorista.

Tudo parecia estável. Não havia direitos das mulheres, a lei era aplicada na hora como juiz, júri e carrasco, cortava-se a mão aos ladrões e apedrejavam-se os delinquentes. O linchamento público fazia parte da lei. De que lei estamos a falar? Lei constitucional? Não. A regência do país era feita segundo a Shariah, um conjunto de regras e procedimentos que eram extraídos do Alcorão, o livro máximo do Islamismo.

Como seria de esperar, a regência de um país por um grupo terrorista não podia correr bem. Em 2001, no 11 de setembro, dá-se um vil ataque às Torres Gêmeas e ao Pentágono, que resulta na morte de 2996 pessoas. A Al-Qaeda assume a responsabilidade pelo ataque. Note-se que esta organização era controlada pelos Talibã, pelo que os EUA decidem, com os nervos à flor da pele, invadir o Afeganistão, de forma a acabar com este reinado terrorista.

Entre várias outras coisas, acabaram imediatamente com o regime terrorista e mataram Osama Bin Laden. No entanto, sem explicação aparente, os EUA permaneceram no país durante 20 anos. Durante este tempo, as organizações terroristas simplesmente limitaram-se a sobreviver.

Trump anuncia a retiradas das tropas americanas do Afeganistão e esse processo termina durante o mandato de Biden. Assim que as tropas americanas evacuaram o país (embora não totalmente), os Talibã conquistam o país em apenas uma semana. A razão de tal rápida conquista é um pouco estranha aos nossos olhos. Na realidade, a população afegã sempre pôde contar com os terroristas. Estes continuaram a gerir escolas e pequenas comunidades remotas. Paralelamente a isso, o próprio governo, que os substituiu entre 2001 e 2021, era corrupto e não era bem visto pela população. Somando o ódio dos cidadãos pelos soldados Americanos, que cometeram algumas atrocidades pelas aldeias Afegãs, o povo, na sua esmagadora maioria, queria que os Talibã regressassem ao poder.

Como será desta vez? Eles dizem que irão respeitar os direitos das mulheres, mas realmente o farão? Voltaremos a assistir a outros 11 de setembro a serem replicados pelo mundo com apoio financeiro do Estado Afegão? Desta tudo isto, podemos retirar uma lição: “Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”.

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