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Terça-feira, 7 Maio 2024
Carlos Jorge Figueiredo
É farmacêutico, nasceu em Anadia e está radicado em Famalicão desde 1993. Fundador do núcleo local da Iniciativa Liberal.

Portugal: uma sociedade velha e resignada!

A sociedade portuguesa continua a pensar da mesma maneira que há 20 anos. Não há ideias novas nem comportamentos ajustados ao tempo presente.

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Carlos Jorge Figueiredo
É farmacêutico, nasceu em Anadia e está radicado em Famalicão desde 1993. Fundador do núcleo local da Iniciativa Liberal.

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Quem olhar bem para a sociedade portuguesa, detecta várias características que a distinguem das demais. Se olharmos para trás, principalmente para as duas últimas décadas, duas situações são evidentes. A sociedade continua a pensar da mesma maneira que há 20 anos e a ter os mesmos comportamentos que se caracterizam, sinteticamente, de duas formas: velha e resignada.

Uma sociedade envelhecida, não só em termos de idade cronológica, isto é, a idade média da população, mas também na forma de pensar e agir, sendo cada vez mais conservadora e distópica ao invés de ser progressista e disruptiva, ou seja, ter ideias novas e comportamentos ajustados ao tempo presente.

Ninguém que estivesse ausente de Portugal nos últimos 20 anos, poderá afirmar ao regressar, que encontrou um novo comportamento, uma nova atitude, perante a organização social ou em cada um dos concidadãos. Tudo na mesma, se não, pior! Neste caso poderíamos dizer que não só a sociedade envelheceu, como o pensamento também regrediu.

Mas a sociedade também continua resignada, tal como descreveu Miguel Torga no século passado, “somos uma coletividade pacífica de revoltados”. Neste aspeto podemos dizer, com alguma segurança, que os mais inconformados ou saíram do país, ou conseguiram um “lugar ao sol” no aparelho do Estado, seja nalguma empresa pública ou como funcionário público. Tudo aqui foi idealizado para assegurar o voto dos felizes contemplados, em detrimento da sua produtividade, competência ou até necessidade.

Toda a gente sabe que as empresas públicas, nomeadamente dos transportes, sempre deram prejuízo, ou seja, as despesas sempre foram superiores às inicialmente previstas e as receitas não acompanharam este crescimento, originando défices, que são distribuídos por todos, em benefício apenas dos próprios funcionários, incluindo os improdutivos, os incompetentes e também os excedentários. Um exemplo bem conhecido de todos, é o do TAP, mas também poderíamos acrescentar o do Metro, da CP, da STCP, da Carris e da Transtejo.

Todos nós sabemos que se estas empresas fossem privatizadas, deixariam de dar prejuízos e causar tantos transtornos aos utentes, através de greves frequentes, patrocinadas pela central sindical que é o “braço armado” do PCP, o tal partido que continua a lutar pela sobrevivência, depois de várias décadas de defesa de ditaduras comunistas opressoras e até oligárquicas, como é o caso da Rússia.

Nesta resignação da sociedade perante situações injustas, também se pode incluir a normalização do estatuto laboral diferenciado para os funcionários públicos e para os trabalhadores do sector privado, como se convivêssemos bem com uma sociedade de castas, tal como ainda vigora em algumas sociedades, que consideramos do terceiro mundo.

Também como sinal desta resignação social, viu-se na forma como os portugueses aderiram submissamente às medidas anti-Covid19, sem qualquer contestação, quando foram tomadas decisões atentatórias das liberdades fundamentais, como a de circular e de trabalhar, por exemplo.

Resumindo: com este quadro bem pronunciado de envelhecimento e resignação, não é de esperar nada de novo ou surpreendente, nos próximos tempos.

Apesar desta crónica ter uma marca pessimista, não posso terminar sem antes deixar uma réstia de esperança, sobretudo nas pessoas que não se resignam ao destino malfadado porque tal como escreveu Manuel Alegre, “… há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não”!

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