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Vila Nova de Famalicão
Terça-feira, 21 Maio 2024
Sandra Pimenta
Residente em Ruivães, é uma defensora dos direitos humanos e ativista pelos animais e ambiente. Tornou-se vegetariana em 2005 e vegana em 2010. É porta-voz da comissão política concelhia de Famalicão do partido Pessoas Animais Natureza (PAN) e membro da comissão política distrital e nacional.

A cidade dos caixotes de ouro

Que memória e identidade restarão a Famalicão daqui a 10 anos? Fica a questão.

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Sandra Pimenta
Residente em Ruivães, é uma defensora dos direitos humanos e ativista pelos animais e ambiente. Tornou-se vegetariana em 2005 e vegana em 2010. É porta-voz da comissão política concelhia de Famalicão do partido Pessoas Animais Natureza (PAN) e membro da comissão política distrital e nacional.

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Reabilitar o centro para que se torne mais atrativo é sem dúvida uma boa opção. Mas destruir tudo que é arquitetura local e com isso memórias do passado famalicense é só triste. Dizem que retiraram a fachada para preservar e que será reutilizada. Será? Estaremos atentos/as.

Segundo as notícias, ali irá surgir comércio e habitação (18 apartamentos), e estacionamento (que se deduz para os moradores e comércio).
Habitação, mas não para todos.

Não há como negar, o centro da cidade revela-se o ponto de acesso fulcral a transportes, serviços públicos e um contexto que potencia os empregos ou o acesso a eles, contudo a habitação que ora se constrói continua a estar reservada à mais “fina nata” da comunidade.

Uma coisa é certa: a identidade original da cidade está a mudar a um ritmo frenético e já não dá para esconder o objetivo de quem lidera o executivo há mais de 20 anos – transformar a cidade num centro elitista onde apenas alguns têm o direito de viver.

Grande parte dos leitores com certeza se recordam do “Cine-Teatro Famalicense” entretanto alterado para “Cine-Teatro Augusto Correia” que, em vez de ter sido promovido a um espaço cultural, em que toda a comunidade pudesse usufruir, deu lugar às frias placas de granito, que sem qualquer enquadramento arquitetónico se levantaram para ocupar um dos mais emblemáticos espaços de Famalicão.

Mas, curiosamente, todos gostamos de visitar locais com história e características únicas e contemplar toda a arquitetura local, que nos faz viajar pela memória de um país e de uma determinada identidade local.

Não menos preocupante, são as conclusões de uma rápida reflexão das últimas obras no centro da cidade e arredores, que não deixam margens para dúvidas sobre a rapidez com que se destrói não só o património cultural e arquitetónico como o ambiental.

Veja-se o exemplo do Parque da Devesa, que está a ser atacado em todas as suas frentes por uma onda nefasta de betão. Não fosse já suficiente o pavilhão industrial que lá se instalou sob o manto, uma vez mais, do interesse público. Mas, também, as obras do tribunal, do hospital, da zona verde paralela ao hipermercado Jumbo, a central fotovoltaica de Outiz, as zonas industriais que aparecem em todo o lado – qual cogumelos!

Que memória e identidade restarão a Famalicão daqui a 10 anos? Fica a questão.

 

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