O avesso dos dias!
Tenho escrito menos, deleito-me a observar, perco-me em olhar, ver e sentir!
Vejo que o sol nasce todos os dias, assim como a lua.
A terra gira em volta do sol, os dias passam mais rápido para uns do que para outros.
As redes sociais passaram a ser os tanques da aldeia onde se lava roupa suja, se escrevem recados, colocam fotografias somente de dias felizes, onde uns vivem e outros sobrevivem.
Os velhos deixam praticamente de aparecer…
As maleitas da vida continuam quase iguais, dores, pestes, guerras pelo poder, riqueza, amores e desamores, propagandas, fanatismos…
Correm assim os dias…
Assiste-se a tristezas mascaradas por momentos de alegria, perdemos pessoas que amamos, invertemos valores, lutamos por independência e autonomias, assistimos a movimentos sociais e não deixamos de ser; uns telespectadores outros narradores e outros atores.
Vida,
Todos os dias um novo começo ou recomeço para uns claro e luminoso e para outros sem praticamente luz nenhuma.
Cada vez sabemos menos de nós não porque estamos perdidos mas porque nos perdemos no meio de agasturas, ou de agrados, no meio de impropérios para chegar a algum lugar perto ou distante, no meio de sonhos, objetivos e metas exigentes onde nos falta o tal tempo, aquele tempo precioso para apreciar a vida com os olhos de uma terna criança.
Começamos um caminho na anciã da felicidade mas muitos terminam sós por escolhas mal feitas ou culpa do livre arbítrio ou apenas destino , ou o que lhe quiserem chamar.
Limpam-se as lágrimas, espremesse o coração, fechasse a porta na esperança da janela aberta e assim continuamos a caminhada.
Corremos por nós e pelos outros sem tempo de apreciar os pássaros voar, as flores do campo, as ondas do mar, a brisa que nos abraça, o sol que nos aquece, o rio em que nos banhamos.
Hoje vive, porque talvez amanhã possa ser tarde…
Já te perguntas-te para onde corres a cada dia?
Qual é o teu oceano ou o teu céu?
Quem te abraça ou afaga o cabelo?
Quem te embala nas noites de tempestade?
O que dás de ti aos outros, o que semeias e depois o que colhes?
Olha de fora para dentro, sei que pode parecer difícil mas não é impossível!
Sabes, a catarse da minha escrita é apenas o meu ver…
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