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Vila Nova de Famalicão
Quarta-feira, 24 Abril 2024
Carlos Folhadela Simões
Formado em Ciências Farmacêuticas, é professor do Ensino Secundário. Cidadão atento e dirigente associativo.

De Kiev a Paris, passando por Lisboa

Um resumo da atualidade.

4 min de leitura
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Carlos Folhadela Simões
Formado em Ciências Farmacêuticas, é professor do Ensino Secundário. Cidadão atento e dirigente associativo.

Famalicão

Celebrações dos 50 anos do 25 de Abril em Famalicão

Celebrações de amanhã, quinta-feira, têm início às 10h. Na parte da tarde há um concerto de jazz nos Paços no Concelho.

Polícia Judiciária outra vez na Câmara de Famalicão para investigar viagens pagas a autarcas

O ex-autarca Paulo Cunha é um dos visados num caso de suspeitas de corrupção que envolve viagens à sede da Microsoft nos EUA. Câmara de Famalicão confirma investigações.

Feira apresenta aos alunos oferta formativa do ensino secundário

Evento destinado aos alunos do 9º ano foi realizado no CIIES, em Vale São Cosme.

Caminhos da Liberdade em Vila Nova de Famalicão

Locais onde se fez resistência à Ditadura Salazarista

1. António Guterres, o português secretário-Geral das Nações Unidas, esteve na passada terça-feira em Moscovo. Hoje está em Kiev. Ao 62º e 64º dias de guerra na Ucrânia, o antigo primeiro-ministro português encontra-se presencialmente com Vladimir Putin e com Volodymyr Zelensky.

Objetivo: tentar alcançar o que outros ainda não conseguiram como sejam um cessar-fogo humanitário temporário, a abertura de corredores para a retirada de civis das cidades mais massacradas pelos bombardeamentos e, numa visão mais sonhadora, o fim da guerra a curto prazo.

Após a reunião com Putin, numa mesa de 6 metros que mais fazia lembrar a da feijoada da Ponte Vasco da Gama, tal a distância de opiniões e visão do acontecimento que os fez reunir. Guterres estava apostado em conseguir dar “passos urgentes para salvar vidas, pôr fim ao sofrimento humano e trazer paz à Ucrânia”. Conseguiu, para já e ao que tudo indica, estabelecer um corredor humanitário para retirar, já amanhã, os civis retidos na fábrica de Azovstal, em Mariupol.

Outra nota importante da ida a Moscovo, prende-se com o cuidado de não se ter deixado instrumentalizar. A postura foi sóbria e fria como era aconselhável. A propaganda russa não terá material para as suas ações!

  1. Por cá, por decreto governamental, caíram as máscaras. Dizem que a liberdade voltou!

Num outro contexto, nunca terá terminado. E ainda bem, pois permitiu ao Partido Comunista Português (PCP), usar dessa mesma prerrogativa, para nos esclarecer (se dúvidas existissem) sobre os seus ideais de liberdade e respeito pela pessoa humana. Acusar a Ucrânia de “genocídio programado” e “limpeza étnica” na região de Donbass, é corroborar com as afirmações do ditador russo para justificar a invasão do país vizinho. Não deveríamos estar surpreendidos, pois o PCP mantem o seu rumo opinativo. Recordemo-nos das opiniões veiculadas sobre outros países, sejam eles Cuba, Venezuela ou Coreia do Norte.

  1. A trapalhada do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa – continua.

João Leão, ex-ministro da Finanças, continua sob suspeição. Professor no ISCTE, ministro, vice-reitor do ISCTE. Foi este o seu percurso recente. Enquanto ministro deveria ter-se abstido de participar em assuntos que envolvessem a entidade onde trabalhava e onde voltou após ter saído do Governo. Ser alegadamente responsável pela transferência de verbas do orçamento de estado para o financiamento do Centro de Valorização e Transferência de Tecnologias (CVTT), a confirmar-se, é vergonhoso. Parece existir claramente uma situação de conflito de interesses. O primado do cumprimento de um período de nojo dever-se-ia aplicar também a estas situações.

No entanto, a procissão ainda vai no adro. O ISCTE advoga que o seu quadro não teve intervenção no processo. Afirma que o financiamento do projeto foi aprovado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).

Ora, Manuel Heitor era, à data, quem tutelava o MCTES e afirma que apesar de ter instruído o processo, o mesmo foi aprovado com recurso à dotação centralizada do Ministério das Finanças. O que é certo que está incluído no OE para 2022 um financiamento público ao CVTT.

Aguarda-se a audição em sede parlamentar de João Leão e de Maria de Lurdes Rodrigues, reitora da instituição. O PS não permitiu a audição do atual ministro das Finanças, Fernando Medina, e do ex-ministro do Ensino Superior.

Ou seja, apenas serão ouvidos os interessados!

4.Moedas, edil lisboeta, prometeu e cumpriu. A capital passará a ter transportes gratuitos. A medida abrange os sub-23 e os maiores de 65 anos, com residência fiscal em Lisboa. A medida terá um custo aproximado de 15 milhões de euros anuais.

A gratuitidade dos transportes públicos, para além de ser um desafogo na carteira dos visados ou das suas famílias, terá com certeza repercussões no tráfego e na qualidade do ar da capital.

Será um fator decisivo para o sucesso lisboeta na participação, juntamente com Guimarães e Porto, na missão «cidades inteligentes e com impacto neutro no clima» promovida pela União Europeia e com vista à neutralidade do ponto de vista climático até 2030.

Com o contributo de todos os partidos da oposição, a promessa e agora medida, viu a luz do dia. Pretende-se que possa ser alargada a outros grupos, como sejam os estudantes universitários deslocados e os deficientes.

O primeiro passo foi dado e por unanimidade!

  1. Em França, Macron venceu. A Europa agradeceu e robusteceu.

Tem, agora, um compromisso ecológico com boa parte dos franceses. Para cativar os eleitores de esquerda entre as duas voltas, prometeu rever a política climática da França. Assumiu a aposta na energia nuclear (a construção de seis reatores de nova geração e estudos lançados para mais oito), investimento avultado em energias renováveis com 50 parques eólicos no mar até 2050, o reforço do transporte de carga ferroviária e fluvial, entre outras. Interessante a pretensão de desenvolver um setor automóvel elétrico exclusivamente francês com acesso facilitado à aquisição de um carro através de um programa de leasing. Os coletes agora serão verdes?

No que concerne à Europa, para além do papel que tenta desempenhar no conflito a leste, o presidente francês pretende dar ênfase à autonomia “energética e estratégica” e à reforma do espaço Schengen para melhorar a proteção das fronteiras externas da UE e uma política comum de asilo. Empenhar-se-á para que os países europeus desenvolvam uma capacidade de defesa mais forte. Augura contribuir para dar um impulso concreto para impulsionar a indústria tecnológica europeia.

Terá sérios desafios no horizonte.

Continua a ter Madame Le Pen a morder-lhe os calcanhares ou não houvesse legislativas em junho.

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Carlos Folhadela Simões
Formado em Ciências Farmacêuticas, é professor do Ensino Secundário. Cidadão atento e dirigente associativo.
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Atualidade

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Celebrações de amanhã, quinta-feira, têm início às 10h. Na parte da tarde há um concerto de jazz nos Paços no Concelho.

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Encontro entre jovens e autarcas aconteceu na Casa da Juventude de Famalicão.

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